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Bancos vivem semestre em que o crescimento dos lucros foi o som que mais se ouviu

Bancos vivem semestre em que o crescimento dos lucros foi o som que mais se ouviu

CGD, BCP, Santander, Novo Banco, Banco BPI e Banco Montepio com lucros que quase duplicam o valor do ano passado. Comissões disparam, alívio nas imparidades dá maior ajuda

Bancos vivem semestre em que o crescimento dos lucros foi o som que mais se ouviu

Diogo Cavaleiro

Jornalista

A Caixa Geral de Depósitos obteve um lucro de €486 milhões no primeiro semestre, mais 65% do que no período homólogo. O grande impulso veio da inversão de imparidades e provisões anteriormente constituídas, refletindo um menor risco do que o esperado por conta da covid-19. O câmbio do kwanza e do metical face ao euro ajudou também a obter mais rendimentos das operações em Angola e Moçambique. A venda da sede da sucursal francesa deu €23 milhões. Também a alienação da Esegur, uma parceria com o Novo Banco, foi concretizada, mas o encaixe é registado no terceiro trimestre. Tendo em conta que o Estado pode receber no máximo até 50% dos resultados, os dividendos podem já chegar quase aos €200 milhões. Já o Ministério das Finanças tem de decidir o que fazer aos bancos no Brasil e em Cabo Verde.

A Polónia continua a marcar (pela negativa) os resultados do BCP, sendo que, por agora, os maus números vindos do Bank Millennium impediram um maior aumento de lucros do banco português. O resultado líquido cresceu seis vezes, para os €74,5 milhões, mas está entre os mais magros na banca privada. O banco polaco vai acionar o seu plano de recuperação, devido ao impacto das decisões judiciais sobre os créditos indexados ao franco suíço concedidos até 2008, mas o líder do BCP, Miguel Maya, excluiu a necessidade de qualquer aumento de capital por parte da casa-mãe. Nesse sentido, também não será necessária qualquer operação do género em Portugal, confirmando uma notícia do Expresso.

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