Economia

Lucro da Jerónimo Martins avança 40% para €278 milhões. Grupo garante "esforço de contenção" nos preços

Foto: Jerónimo Martins, Pingo Doce
Foto: Jerónimo Martins, Pingo Doce

Dona das marcas Pingo Doce e Recheio em Portugal, lucrou 278 milhões de euros entre janeiro e junho. As vendas cresceram 20% e a maioria deu-se na Polónia

A retalhista Jerónimo Martins, dona das marcas Pingo Doce e Recheio em Portugal, lucrou 278 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, mais 39,9% que no mesmo período de 2021, segundo anunciado esta terça-feira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O grupo liderado por Pedro Soares dos Santos fechou ainda o semestre 11,8 mil milhões de euros de vendas, mais 20% que no período homólogo.

A maioria do valor das vendas é proveniente da marca polaca do grupo, Biedronka (8,2 mil milhões de euros), que viu um aumento de 18,7% no valor (quando convertido para euros).

Já as marcas portuguesas, Pingo Doce e Recheio, registaram aumentos de 8,5% e 28,9%, respetivamente, para 2 mil milhões e 513 milhões de euros.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) registou um aumento superior ao das vendas (23,9%) e atingiu os 635 milhões de euros.

Entre janeiro e junho, o grupo encerrou um total de 12 lojas e abriu 108. A maioria dos encerramentos e também das aberturas foram no estrangeiro, uma vez que por cá o Recheio não teve qualquer alteração face a 2021 e o Pingo Doce abriu três lojas e encerrou uma.

Perante estes resultados, e apesar da incerteza vivida com a guerra e as suas consequências, como a inflação, a empresa mantém as perspetivas para 2022, apresentadas em março, na divulgação das contas de 2021.

"Esforço de contenção" dos preços de venda

No comunicado à CMVM, a empresa garantiu que o “esforço” de contenção dos preços de venda será mantido, apesar do impacto da inflação nas margens do grupo.

“O esforço de contenção dos preços de venda será mantido, num contexto em que a inflação ao nível dos custos aumentará a pressão sobre as margens percentuais das nossas insígnias”.

“Desde o início do conflito militar, tem-se registado uma escalada das pressões inflacionistas nos produtos alimentares, na energia e nos transportes, que se espera mais acentuada na segunda metade do ano. Desde então, também se observa o aumento da volatilidade das moedas da Europa de Leste e da América Latina”, refere a Jerónimo Martins, sobre as perspetivas para 2022.

O grupo acrescenta ainda que em face dos efeitos do aumento da inflação e das taxas de juro no rendimento disponível das famílias e na confiança dos consumidores, ”a competitividade de preço e a criação de oportunidades de poupança adicional tornam-se ainda mais preponderantes na agenda comercial e de marketing de todas as Companhias do Grupo”.

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