Economia

Acordo para desbloquear cereais está fechado. É "um alívio para o mundo", diz Guterres

António Guterres
António Guterres
Spencer Platt/Getty Images

“Hoje há um farol no Mar Negro. O farol da esperança. O farol da possibilidade. O farol de alívio num mundo que precisa mais do que nunca”, disse o secretário geral da ONU

Ucrânia e Rússia assinaram esta sexta-feira acordos separados com a Turquia e a ONU para desbloquear a exportação de cerca de 25 milhões de toneladas de cereais presos nos portos do Mar Negro.

Numa cerimónia realizada no Palácio Dolmabahçe, na cidade turca de Istambul, com a parceria da Turquia e da ONU, foram assinados dois documentos - já que a Ucrânia recusou assinar o mesmo papel que a Rússia - devendo o acordo vigorar durante quatro meses, sendo, no entanto, renovável.

Depois de dois meses de duras negociações, os documentos visam criar um centro de controlo em Istambul, dirigido por representantes das partes envolvidas: um ucraniano, um russo, um turco e um representante da ONU, que deverão estabelecer o cronograma de rotação de navios no Mar Negro.

O acordo implica também que passe a ser feita uma inspeção dos navios que transportam os cereais, para garantir que não levam armas para a Ucrânia.

Um novo farol

Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, é “um alívio para o mundo”.

O acordo “vai trazer alívio aos países em desenvolvimento, à beira da falência, e às pessoas mais vulneráveis, à beira da fome, além de ajudar a estabilizar os preços globais dos alimentos”, defendeu Guterres na abertura da cerimónia de assinatura do documento.

“Hoje há um farol no Mar Negro. O farol da esperança. O farol da possibilidade. O farol de alívio num mundo que precisa mais do que nunca”, afirmou.

O líder das Nações Unidas elogiou a Ucrânia e a Rússia por terem conseguido ultrapassar os obstáculos e chegar a um acordo e agradeceu à Turquia pela mediação e pela participação que terá no seu cumprimento.

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