A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos deverá aumentar novamente as taxas de juro em 75 pontos base, em vez proceder a uma subida maior na sua reunião da próxima semana para conter a inflação que continua elevada, mesmo com a possibilidade de recessão a crescer para 40%, escreve a "Reuters".
A inflação atingiu 9,1% em junho, o valor mais alto em cerca de 40 anos, trazendo com ela a expectativa de que a Fed iria aumentar os juros em 100 pontos base, em vez dos 75 como na última reunião.
No entanto, alguns responsáveis da Fed que fizeram comentários públicos sobre o assunto mostraram ser a favor de manter o aumento de 75 pontos base.
Em junho a Fed aumentou os juros em 75 pontos base, algo que não acontecia desde 1994, segundo indica a agência de notícias.
Quase a totalidade dos economistas ouvidos pela "Reuters" esperam que a Fed aumente as taxas em 75 pontos base. Apenas quatro, em 102, esperam um aumento de 100 pontos base.
O próximo aumento acontece numa altura em que a probabilidade de recessão parece ser cada vez maior. As últimas previsões apontam para uma possibilidade de 40% de uma recessão nos EUA em 2023 e de 50% de hipóteses de ocorrer até 2024.
Os últimos dados indicam que a inflação se deverá manter acima da meta de 2% da Reserva Federal. Apenas em 2024 a inflação deverá aproximar-se dos 2% (mais precisamente deverá ter uma média de 2,5%).
No que diz respeito ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ou o crescimento da economia norte-americana, as novas previsões apontam para um aumento de 2%, face aos 2,6% anteriormente previstos. Para 2023 a previsão é de apenas 1,2%.
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