
Portugal prepara-se para receber a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas. E é no mar que reside uma das novas fronteiras do setor energético, com um leque amplo de oportunidades e desafios
Portugal prepara-se para receber a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas. E é no mar que reside uma das novas fronteiras do setor energético, com um leque amplo de oportunidades e desafios
Editor de Economia
A 20 quilómetros de Viana do Castelo, as três torres eólicas do parque Windfloat Atlantic já tiveram horas mais animadas. Na madrugada de segunda-feira, 20 de junho, o parque chegou a produzir à potência máxima, com os seus 25 megawatts (MW), mas nos últimos três dias o vento abrandou e a produção das primeiras e únicas eólicas offshore em Portugal foi flutuando em níveis mais modestos. O Windfloat Atlantic é o primeiro passo do país no emergente mercado das eólicas no mar, uma nova fronteira do setor energético, onde outras tecnologias têm sido testadas, mas longe da maturidade comercial.
Se quisermos fazer uma viagem pelo potencial energético do oceano, ele é gigantesco. Difícil é conseguir capturá-lo para a produção de eletricidade com escala e preço competitivo. Uma missão complicada para projetos de inovação como os ligados à energia das ondas, já que a indústria eólica está a ganhar essa corrida, massificando a instalação de aerogeradores no mar. Se no mar do Norte e no mar Báltico, com menor profundidade de água, são já muitos os parques eólicos em operação, em águas mais profundas, que exigem plataformas flutuantes, em vez de estruturas fixas ao leito marinho, o desafio das eólicas offshore é mais exigente.
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