O défice comercial de bens agravou-se, em abril, em 1039 milhões de euros em relação ao mês homólogo, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira, 9 de junho. Sem a rubrica dos combustíveis e lubrificantes, o aumento do défice comercial teria sido de menos de metade, subindo 465 milhões de euros face a abril de 2021, em linha com a subida dos preços nos mercados internacionais de matérias-primas como crude e gás.
O défice da balança comercial de bens cifrou-se, em abril, nos 2445 milhões de euros, crescendo 1039 milhões de euros. Sem a rubrica dos combustíveis e lubrificantes, "o défice foi 1493 milhões de euros, aumentando 465 milhões de euros relativamente a abril de 2021", especifica o INE.
Em abril, as exportações nominais de bens cresceram 17,3%, ao passo que as importações tiveram uma variação positiva homóloga mais acelerada, de 29,2%.
Sem a rubrica dos combustíveis, as exportações tiveram uma variação homóloga de 13,1% e as importações de 18,5%
"São de salientar os acréscimos nas exportações e importações de Fornecimentos Industriais (+26,7% e +29,7%, respetivamente) e de Combustíveis e Lubrificantes (+95,5% e +128,4%, pela mesma ordem)", realça o INE.
No total, em abril de 2022, as exportações e das importações com Espanha cresceram 17,2% e 33,3%, respetivamente, sobretudo dessas mesmas categorias de bens: Fornecimentos Industriais e de Combustíveis e Lubrificantes.
"Destaca-se também o decréscimo das exportações para o Reino Unido (-13,1%)", com a quebra das vendas de materiais de transporte e de combustíveis, "bem como a diminuição nas importações provenientes de França (-12,8%)", devido às quebras na venda a Portugal de material de transporte relativo a aeronaves, segundo o INE.
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