Economia

Lucros consolidados da CGD disparam para 146 milhões de euros no primeiro trimestre

Lucros consolidados da CGD disparam para 146 milhões de euros no primeiro trimestre

O banco público registou um crescimento significativo dos lucros consolidados nos primeiro três meses de 2022, mais 80,5% do que no primeiro trimestre de 2021

Em atualização

Lucros consolidados da CGD disparam para 146 milhões de euros no primeiro trimestre

Isabel Vicente

Jornalista

Os resultados consolidados da CGD geraram lucros de 146 milhões de euros o equivalente a uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 7,2%. Para isso contribuiu o aumento do volume de negócios quer em Portugal quer nas operações externas.

O volume de negócios registou um crescimento de 1,6 mil milhões de euros face a 2021 com subidas nos créditos e recursos e com a atividade internacional a acompanhar o crescimento com um aumento de 650 milhões de euros.

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, o presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, sublinhou a bom comportamento do banco e reforçou a ideia que o plano estratégico da Caixa para 2021-2024 é "essencialmente um plano de transformação".

Paulo Macedo e a sua equipa querem ser "um banco mais simples, servir a generalidade dos clientes, já simplificámos a estrutura e a governance e teremos de continuar a fazê-lo relativamente à forma de lidar com o cliente". Além disso, prossegue, "queremos fazê-lo de uma forma sustentável e pretendemos expandir e continuar a ser banco de referência, em Moçambique, Cabo Verde e Angola".

Em 2024, Macedo, quer "continuar a ser um banco português, mais digital - já temos mais de metade dos nossos clientes a trabalhar através do canais digitais - e queremos continuar a ter a liderança de um banco mais verde e sustentável".
Para os lucros obtidos o negócio internacional teve um contributo de 37,9 milhões, ou seja cerca de 26% do total gerado e mais 29% do negócio gerado em igual período de 2021.
A qualidade dos ativos, segundo o banco liderado por Paulo Macedo, "mantém-se estável com o rácio de ativos não produtivos ( NPL) liquido de imparidades totais em 0%, enquanto os imóveis detidos para venda reduziram 8,2% para os 368 milhões de euros, o valor mais baixo desde 2008".

Ainda segundo a Caixa, "as novas imparidades de crédito alcançaram 22,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022 e as recuperações de 21 milhões de euros , o que correspondeu a um custo de risco de crédito de 1 ponto base, regressando a níveis pré-pandemia".

Comissões sobem mais de 20%

A atividade doméstica registou um aumento do produto bancário, o crédito a clientes cresceu 1,8% para 51 mil milhões de euros, os recursos 1,7% para mais de 81 mil milhões de euros. A margem financeira também cresceu no primeiro trimestre 5% para 158 milhões de euros. As comissões cresceram mais de 20% para 116 milhões de euros. Para o aumento das comissões contaram as comissões geradas na venda de fundos, seguros e crédito e pagamentos, de mais 45%, 28% e 13%, respetivamente.

Em contrapartida, o custos subiram muito impactados por efeitos não recorrentes como programas de ajustamento e acordos salariais (34 milhões), assim como efeitos cambiais das operações internacionais em Moçambique e outros (8 milhões). Os custos passaram de 235 milhões de euros em 2021 para 278 milhões de euros em março de 2022.

Os custos regulamentares, contribuições para o Fundo Único de Resolução, Fundo de Resolução nacional, contribuição sobre o setor bancário e o adicional de solidariedade entre outros, subiu 18% face a 2021 de 62,5 milhões de euros para 73,5 milhões de euros.

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