Revendedores de combustível negam aumento artificial de preços. Só seguem indicação das petrolíferas
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Revendedores dizem que colocam "os preços de combustível que lhes são indicados pelas petrolíferas" e que "são o último elo da cadeia de valor, pelo que não têm qualquer intervenção na definição dos preços"
A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) garantiu, esta quarta-feira, em comunicado, que os revendedores de combustíveis colocam, nos postos de abastecimento, os preços de combustível que lhes são indicados pelas petrolíferas.
Preocupados com a polémica quanto à não descida do preço dos combustíveis na proporção prevista pelo Governo aquando a baixa do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) e a questão das margens de lucro, a ANAREC reage, dizendo que "cumpre frisar e reiterar que as margens dos revendedores são contratualizadas como margens fixas e não percentuais, ou seja, a margem do revendedor é sempre a mesma, independentemente do preço dos combustíveis", indica a nota.
Adicionalmente, os revendedores explicam que nas bombas de gasolina "limitam-se a colocar os preços de combustível que lhes são indicados pelas companhias petrolíferas" e que "são o último elo da cadeia de valor, pelo que não têm qualquer intervenção na definição dos preços".
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) detetou apenas uma situação, até terça-feira, de alegado incumprimento na aplicação da redução do ISP nos postos de combustível que monitorizou, apesar de ter recebido 200 denúncias.
A redução do ISP num valor igual ao que resultaria da descida do IVA dos combustíveis traduz-se, desde segunda-feira, num desconto adicional de 15,5 cêntimos por litro de gasolina e de 14,2 cêntimos no gasóleo.