Crédito pessoal dispara e volta a níveis pré-pandemia

O crédito pessoal em Portugal regressou a níveis pré-pandemia. Este tipo de empréstimos, que abrange o crédito para o lar ou para pagar a faculdade, chegou em fevereiro deste ano ao valor mais elevado desde novembro de 2019, há mais de dois anos.

No seu todo, o crédito pessoal atingiu em fevereiro um montante global de 313 milhões de euros, quando estava em 260 milhões no mês anterior e em 188 milhões um ano antes, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal esta segunda-feira, 18 de abril. Desde novembro de 2019 que não havia tal volume.

Em termos mensais, o crédito sem finalidade específica ou para o lar é aquele que mais cresce dentro do crédito pessoal (+20,8%), superando os 300 milhões de euros, chegando igualmente ao valor mais alto desde novembro de 2019 – acompanhando estes créditos os recordes que têm vindo a ser marcados no crédito à habitação.

Já o crédito com finalidades específicas – educação, saúde, energias renováveis, locação financeira de equipamento – subiu novamente aos 10 milhões (+5,8%), mas não está no seu máximo.

O crédito pessoal é uma das parcelas integrantes do crédito ao consumo, que tem outras rubricas, como o crédito automóvel. O crédito automóvel também está a crescer, na ordem dos 70% homólogos e dos 15% em cadeia tanto nos novos como nos usados.

No seu todo, o crédito ao consumo atingiu, em fevereiro passado, 624 milhões de euros, mais 61,2% em relação ao mês homólogo e mais 16,4% face a janeiro. A subida em relação a fevereiro de 2021 é expressiva tendo em conta que, na altura, o país enfrentava um dos mais graves surtos da pandemia de covid-19.

Esta evolução positiva do crédito ao consumo ocorre no mês em que eclodiu a guerra, com a invasão da Ucrânia pela Rússia no dia 24.