No espaço de cinco anos, 20% a 30% dos prédios para habitação mudaram de dono em 30 concelhos do país. Em Cascais, foram vendidos a uma média de 367 mil euros. Em Lisboa, por 355 mil euros e em Lagos, Loulé, Oeiras e Grândola, oscilaram entre os 200 mil e os 260 mil euros em termos médios, segundo dados fornecidos ao Expresso pela Confidencial Imobiliário.
Nas Finanças, contudo, os valores fiscais pelos quais as casas estão registadas estão muito distantes. Em Cascais, valem 120 mil euros, o valor médio mais alto do país. Em Lisboa, 99 mil euros. Em Loulé, 117 mil.
Calculando as diferenças, Lisboa é a cidade onde o valor patrimonial está mais distante do valor de mercado — em média, as casas estão no Fisco por 28% do valor médio das transações nos últimos cinco anos. Cascais segue-se na lista, com os imóveis a valerem 33%, seguido pelo Porto e Oeiras.
No mapa que lhe deixamos, encontrará o valor comercial dos imóveis, correspondente ao valor médio dos negócios feitos nos últimos cinco anos (2017 a 2021) por concelho; o valor patrimonial, que corresponde ao valor médio pelo qual os prédios estão registados nas Finanças, em cada concelho; e o peso do valor fiscal no valor de mercado, para expressar a desproporção de preços entre as duas realidades.
A cinzento estão os concelhos onde não há valores estatisticamente relevantes para compararmos o valor fiscal com o valor de mercado. Contudo, querendo saber qual o valor patrimonial tributário médio dos prédios para habitação em todos os concelhos, encontra-os nos gráficos imediatamente a seguir ao mapa.
DIFERENÇA ENTRE O VALOR PATRIMONIAL E O VALOR COMERCIAL DOS IMÓVEIS
PESQUISA POR CONCELHO DO VALOR PATRIMONIAL
Num outro mapa, disponível aqui, poderá ver mais detalhadamente o número de prédios para habitação que estão registados nas Finanças, concelho a concelho, e o valor patrimonial tributário, por intervalos de valor.
Uma análise detalhada a esta informação pode ser encontrada na nossa edição de 25 de fevereiro.
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