Economia

Dinheiro fácil está à beira do fim nos EUA e as bolsas reagem em queda

Dinheiro fácil está à beira do fim nos EUA e as bolsas reagem em queda

Nos Estados Unidos, o arranque da sessão desta quinta-feira foi negativo entre os principais índices. Na Europa, as quedas eram generalizadas ao início da tarde

Depois da divulgação das atas da reunião de dezembro dos governadores da Reserva Federal dos Estados Unidos (que dão conta de um consenso em relação à necessidade de drenar mais rapidamente a liquidez da economia, antecipando a subida das taxas de juro e começando a reduzir o balanço do banco central), as bolsas norte-americanas reagiram imediatamente. 

Após a má reação de quarta-feira, as bolsas prosseguem esta quinta-feira as perdas nos Estados Unidos. O Dow Jones perdia, no início da tarde, 0,8%, o S&P 500 recuava 0,9% e o Nasdaq depreciava 1,1%. As ações do setor tecnológico eram as mais prejudicadas, tal como na sessão anterior: a Tesla perdia 4%, a Airbnb caía 2,5%, a Amazon, 1,09%, a Apple, 0,9%, a Netflix, 3,36%.

Na Europa, as quedas eram ainda mais pronunciadas. O alemão DAX recuava 1,54%, o inglês Footsie caía 1% e o CAC de França perdia 1,65%. O nosso PSI-20 cotava em baixa de 1,35%. O índice de referência pan-europeu Stoxx 600 perdia 1,52%. 

Na quarta-feira, o trambolhão foi significativo: o Dow Jones Industrial Average encerrou em queda de 1,1%, e o S&P 500 caiu 1,9%. Mas foi o Nasdaq, onde cotam as maiores tecnológicas do mundo, que mais sofreu com as intenções dos governadores regionais da Fed de começar a repor a normalidade nos mercados: o índice afundou 3,3% na quarta-feira.

Na quarta-feira, ao fim do dia, foram divulgadas as atas da reunião de dezembro, na qual os governadores dos diferentes bancos regionais da Fed debateram as perspetivas para os meses seguintes. Foram quase unânimes ao considerarem que o banco teria de apertar a política monetária mais rapidamente do que o previsto, e abriram a possibilidade de iniciarem este ano a redução do balanço da Fed, atualmente nos 8,8 biliões de dólares (7,7 biliões de euros), um valor recorde equivalente a 41% do produto interno bruto norte-americano.

Foto: Getty Images

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