Inflação dispara em novembro para os 2,6%. Preços da energia não param de aumentar

A taxa de inflação terá disparado em novembro de 2021 para os 2,6%, face a 1,8% em outubro, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), numa altura em que as pressões inflacionistas afetam grande parte dos países desenvolvidos.

Em cadeia, é o segundo mês consecutivo em que o índice de preços no consumidor aumenta, tendo crescido 0,5% tanto em novembro como em outubro.

Ainda assim, estes 2,6% de novembro estarão bem abaixo de registos de países como Espanha, cuja taxa de inflação rondou os 5,6% em outubro. A média dos países da União Europeia de outubro apontava a uma taxa de inflação de 4,4%, tendo Portugal tido nesse mês o segundo menor aumento dos preços.

De acordo com a estimativa do INE (os números definitivos da inflação para novembro só serão divulgados a 14 de dezembro) o índice de inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e a energia, registou uma variação interanual de 1,8%.

O aumento dos preços no setor energético terá continuado no mês de novembro. Se em outubro o índice relativo à energia teve uma variação homóloga de 13,4%, em novembro essa subida acentuou-se, estimando o INE uma variação de 14,2% para o penúltimo mês do ano.

Já no que concerne ao índice referente aos produtos alimentares não transformados, estima-se que tenha tido uma variação positiva de 0,8% face ao mês homólogo. Em outubro, os preços destes produtos tinham recuado 0,7%.

O INE estima que a variação média nos últimos 12 meses tenha sido de 1% em novembro e que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor português tenha registado uma variação homóloga de 2,7%.