Santa Casa adere aos NFT com "espólio cultural" com mais de 500 anos

Jornalista
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai aderir ao mundo da arte digital dos NFT (tokens não-fungíveis), segundo anunciado esta quarta-feira em comunicado.
Em causa está um "espólio cultural" com mais de 500 anos que inclui a "coleção de arte sacra e relíquias, uma das mais importantes da Europa Ocidental exposta em permanência na Igreja e Museu de São Roque". Mas há também pinturas, esculturas e outro tipo de arte.
A plataforma Artentik foi apresentada esta quarta-feira durante uma conferência na Web Summit e estará disponível já a partir de 1 de dezembro online. Inicialmente estarão apenas 13 obras de arte à venda.
O objetivo da Santa Casa é "potenciar o seu património cultural" a nível global, especialmente na Ásia e Médio Oriente, onde o interesse pelos NFT tem vindo a crescer. E, ao mesmo tempo, "reforça a estratégia que tem vindo a ser desenvolvida na diversificação de fontes de receitas".
Para Edmundo Martinho, provedor da SCML, os NFT permitem "por um lado, valorizar o património físico [da SCML] e, por outro, rentabilizá-lo em prol das boas causas”.
A curadoria da plataforma está a cargo da SCML, mas a Artentik estará também aberta "a todos os artistas e instituições nacionais que pretendam promover e comercializar as suas criações e obras de arte", desde que as suas causas estejam alinhadas com as da Santa Casa.
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