Economia

Crescimento da economia portuguesa abrandou em meados de setembro

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal
Mário Centeno, governador do Banco de Portugal
TIAGO MIRANDA

Depois de ter acelerado na primeira metade de setembro, o crescimento da atividade económica em Portugal acabou por perder dinamismo, sinaliza o indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal

A economia portuguesa abrandou em meados de setembro e, apesar de continuar a crescer face ao ano passado, o ritmo de expansão está, agora, num patamar modesto, pouco acima dos 2%. É isso que sinaliza o indicador diário de atividade económica (DEI), publicado pelo Banco de Portugal (BdP), cujos dados foram atualizados esta quinta-feira, lançando alguma preocupação numa altura em que as moratórias de crédito estão à beira de terminar.

Segundo a nota do BdP, publicada na sua página na internet, na semana terminada a 19 de setembro, o DEI - um indicador compósito que procura traçar, quase em tempo real, um retrato da evolução da atividade económica no país - "evoluiu em linha com as semanas anteriores".

Ainda assim, uma análise aos números relativos a essa semana - que abrange o período entre 13 e 19 de setembro -, indica um crescimento homólogo da atividade económica em Portugal de 2,1%. Isto quando a mesma média móvel referente à semana terminada a 12 de setembro sinalizava um incremento de 4,1% em termos homólogos. Um valor que tinha ficado pelos 3% na semana terminada a 5 de setembro.

Quanto à taxa bienal do DEI, que indica o crescimento acumulado neste indicador nos últimos dois anos, ou seja, entre 2019 e 2021, voltou a terreno ligeiramente negativo na semana terminada a 19 de setembro (-0,8%). Isto significa que a economia portuguesa terá operado nessa semana ligeiramente abaixo do mesmo período de 2019, ou seja, do patamar pré-crise. Na semana anterior este valor tinha sido positivo, nos 0,6%.

O DEI sumaria um conjunto de informação de natureza quantitativa e frequência diária, como o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, o consumo de eletricidade e de gás natural, a carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e as compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes. Por isso, permite traçar, quase em tempo real, um quadro da evolução da atividade económica no país.

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