Economia

Medidas que substituem moratórias são “insuficientes”, diz Deco

Medidas que substituem moratórias são “insuficientes”, diz Deco
luís barra

Medidas "são claramente insuficientes para as famílias em situação economicamente mais frágil” e algumas são "empurradas" para a insolvência pessoal, avisa a associação de defesa dos consumidores

O último dia de setembro marca o fim das moratórias relativamente à habitação e outros créditos pessoais. Depois, cerca de 243 mil devedores, (230 mil com empréstimo da casa), num total de 14.400 milhões de euros, têm de retomar o pagamento das prestações, ou renegociar com os bancos novas condições de pagamento. O Governo implementou novas medidas, mas segundo a Deco são "insuficientes", noticia o "Público".

Com o fim das moratórias a aproximar-se, aplicam-se as medidas de proteção das famílias com créditos, que já existiam, mas foram "aperfeiçoadas" pelo Executivo de António Costa. No entanto, "são claramente insuficientes para as famílias em situação economicamente mais frágil”, indicou a diretora do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) da Deco, Natália Nunes, em declarações ao jornal.

Natália Nunes antecipa que "o incumprimento vá aumentar a partir de Outubro”. Isto porque a situação transitória (cerca de 90 dias) em que os contratos não podem ser resolvidos ou “vendidos”, não resolve o problema das famílias que perderam rendimentos com a crise da covid-19.

Além do mais, a responsável relembra que anteriormente, em 2009 e 2012, foram criadas soluções para responder “a situações extremas”, como a concessão de empréstimos por parte do Estado para a regularização de créditos em atraso, ou mesmo, em situações muito específicas, a entrega da casa ao banco para pagamento integral da dívida.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate