A Lusa tem assumido grande importância no panorama da comunicação social mas tem também sofrido com constrangimentos orçamentais.
A situação ficará completamente estabilizada quando o contrato da Lusa for assinado, está com as Finanças e depois seguirá para o Tribunal de Contas. A Lusa tem uma nova administração e nessa sequência houve algumas alterações na direção de informação. Como a RTP, vai ter um quadro mais estável embora seja sempre possível e desejável que o financiamento possa aumentar. A Lusa é cada vez mais importante, uma peça fundamental no sistema informativo em Portugal mas também como agência com presença em inúmeros países e é uma presença da língua portuguesa, é uma agência de notícias no mundo falada em português e isso é muito relevante.
Houve uma mudança acionista com a entrada do empresário Marco Galinha, que passou a ter diretamente 22,35% e já estava presente através da Global Media, que tem 23,36% da Lusa, da qual ele é acionista. Tem conversado com este acionista? Há pontos em comum?
Sim. O Estado vai continuar a ser maioritário na Lusa, não está de maneira nenhuma em questão a diminuição do capital do Estado, e esse facto faz com que seja não só o Estado a nomear o presidente do conselho de administração como também a aprovar a estratégia da Lusa. Claro que é bom ter diálogo com os acionistas privados e isso tem acontecido mas é muito claro que a estratégia da Lusa é uma estratégia pública e é dirigida por uma administração nomeada pelo Estado.
O objetivo deste acionista, de tornar a Lusa mais rentável, não choca com os objetivos do Governo?
Não, há um caminho a fazer aí, é possível rentabilizar alguma da atividade da Lusa mas eu gostaria sobretudo que a Lusa pudesse cada vez mais apoiar a imprensa portuguesa, nomeadamente aquela que neste momento passa mais dificuldades, que é a imprensa local e regional. A Lusa tem aí um papel muito importante de apoio face à fragilidade desses meios.
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