Economia

BPP. Rendeiro perde outra batalha para evitar prisão. Continua sem pagar coima

BPP. Rendeiro perde outra batalha para evitar prisão. Continua sem pagar coima
Jorge Miguel Gonçalves

O Tribunal Constitucional não aceitou o recurso de João Rendeiro, mas ex-gestor do BPP pode avançar com outra diligência para ganhar tempo

BPP. Rendeiro perde outra batalha para evitar prisão. Continua sem pagar coima

Diogo Cavaleiro

Jornalista

BPP. Rendeiro perde outra batalha para evitar prisão. Continua sem pagar coima

Isabel Vicente

Jornalista

João Rendeiro tem travado várias batalhas com a justiça, a última das quais pretende evitar a pena de prisão de cinco anos e oito meses a que foi condenado por crimes de falsidade informática e falsificação de documento.

O Tribunal Constitucional (TC) não aceitou o recurso de Rendeiro e, em decisão sumária, a juíza Mariana Canotilho determinou a sua não admissibilidade (nem o do ex-colega de administração no Banco Privado Português Paulo Guichard). Uma decisão que dá espaço para que Rendeiro possa ainda avançar com uma reclamação para a conferência do TC. Ganha mais algum tempo e atrasa a ordem de prisão. Caso venha a recorrer e a decisão se mantenha, o processo desce ao tribunal de primeira instância e correrá o prazo para que a ordem de prisão se torne definitiva. Só depois de transitar em julgado é que ele terá de se apresentar na prisão. Segundo uma fonte judicial, “será uma questão de meses até que haja uma decisão transitada em julgado”.

O processo anda de recurso em recurso desde 2018, data em que o ex-presidente do BPP foi condenado pelo tribunal de primeira instância. A par, foi em 2013 condenado a pagar €1,5 milhões, pelo Banco de Portugal, por ocultação de contabilidade. Recorreu para o Tribunal de Santarém, que confirmou a coima e a sanção acessória, 10 anos de inibição. Recorreu para a Relação, que reconfirmou a decisão, e desde 2015 que a coima está por pagar. Invocou ter os bens arrestados.

Rendeiro foi também condenado a uma pena de prisão de 10 anos no processo de fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de capitais. Neste caso, o tribunal deu como provado que ele retirou do BPP para si €13,6 milhões, mas o ex-banqueiro ainda pode recorrer.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate