O montante global de empréstimos abrangidos pelo regime das moratórias no final de abril ascendeu a 39,3 mil milhões de euros, o que correspondeu a menos 3,6 mil milhões de euros face a março, quando as moratórias privadas acabaram.
Deste total o crédito em moratória nos particulares ascende a mais 15,1 mil milhões de euros, dos quais 13, 3 mil milhões de euros no crédito à habitação. Nas moratórias concedidas às empresas o montante ascende a 23,2 mil milhões de euros, dos quais 19,8 mil milhões a pequenas e médias empresas.
Dados do Banco de Portugal dão nota de que "esta variação resulta, tanto do decréscimo dos empréstimos concedidos a particulares como a sociedades não financeiras".
O decréscimo das moratórias concedidas a particulares, sobretudo as pedidas para suspender o pagamento de prestações no crédito à habitação diminuíram 2 mil milhões de euros. Já as moratórias das empresas registaram uma redução de 1,4 mil milhões de euros.
Do universo de 339,3 mil devedores com moratórias, mais de 282 mil são particulares (inclui empresários em nome individual e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias). Mais de 52 mil são empresas a esmagadora maioria pequenas e médias empresas.
"Dos empréstimos concedidos a particulares, destacaram-se os empréstimos com a finalidade habitação, cujo término da moratória privada justifica a maior parte da redução deste segmento (menos 1,6 mil milhões de euros)", lê-se no documento do Banco de Portugal.
Já nos empréstimos "a sociedades não financeiras em moratória verificou-se um decréscimo nos vários setores de atividade". Por sectores, as empresas que mais se destacaram por uma maior descida "as indústrias transformadoras, 0,4 mil milhões de euros". Seguidas das empresas de construção e comércio com descidas no montante das moratórias de 0,3 mil milhões e 0,2 mil milhões de euros, respetivamente.
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