A taxa de desemprego deverá subir de 6,8% em 2020 para 7,3% em 2021. E depois descer para 6,7% em 2022, 6,4% em 2023, 6% em 2024 e 5,8% em 2025.
Este é o cenário de médio prazo que o governo projeta para o mercado de trabalho, de acordo com o Programa de Estabilidade aprovado esta quinta-feira em conselho de ministros.
"Temos previsto para este ano uma ligeira melhoria do emprego e para o ano um crescimento mais robusto do emprego, acima de 1%", disse o ministro das Finanças, João Leão, à saída do conselho de ministros.
Se a taxa de desemprego sobe este ano é porque haverá mais pessoas à procura de trabalho, explicou o ministro. "Para este ano, a taxa de desemprego ficará ligeiramente acima do ano passado - em 7,3% - porque a população ativa aumentará com o regresso da normalização da atividade económica", disse João Leão.
As previsões do governo para 2021 são mais otimistas do que as do Banco de Portugal e do Fundo Monetário Internacional que apontam para um agravamento da taxa de desemprego para 7,7%. O Conselho das Finanças Públicas aponta mesmo para 8,3%.
Questionado pelos jornalistas, o ministro das Finanças destacou "os apoios massivos às empresas" que o governo tem feito, quer ao nível dos custos de trabalho, quer ao nível de outros custos das empresas.
"Estes apoios às empresas vão aumentar de forma substancial face ao ano anterior. Serão cerca de três mil milhões às empresas, a fundo perdido", disse o ministro das Finanças. Sem contar com os apoios ao investimento e à capitalização das empresas previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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