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Economia

O segredo da Mota Engil para fintar as crises

António Mota vai manter-se na liderança da empresa por mais uns anos
António Mota vai manter-se na liderança da empresa por mais uns anos
Nuno Botelho

Presença internacional e diversificação do negócio permitem ao grupo liderado por António Mota reforçar a liderança em Portugal.

Com mais de €2 mil milhões de contratos a nível internacional só nos dois primeiros meses de 2021, o grupo Mota-Engil conta hoje com uma carteira de obras que ultrapassa os €8 mil milhões. Um aumento explicado, sobretudo, pela obtenção do maior contrato da sua história: a adjudicação, na Nigéria, por €1510 milhões, da linha ferroviária Kano-Maradi em janeiro.

A dimensão destes valores ultrapassa muito a de qualquer outra construtora nacio­nal e aumenta a desproporção da liderança setorial, que começou em 2000 com a fusão com a Engil. Presente em 25 países, a empresa, liderada por António Mota, registou em 2019 um volume de negócios de €2,8 mil milhões. Seguiram-se, a alguma distância, a Teixeira Duarte (€877 milhões) e a Casais (€547 milhões). Isto num sector marcado por uma profunda crise nos últimos 10 anos, em que a queda contínua do investimento público levou ao desaparecimento de grandes construtoras. Casos da Soares da Costa, outrora a maior construtora nacional, hoje controlada por angolanos e que quase desapareceu; da Somague, integrada no universo da espanhola Sacyr, ou da MSF e da Edifer, entre outras.

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