Esta têxtil de Barcelos precisa de confeções para dar resposta às encomendas
Sob pressão dos clientes, Pedrosa & Rodrigues já lançou o repto nas redes sociais
Sob pressão dos clientes, Pedrosa & Rodrigues já lançou o repto nas redes sociais
Jornalista
Esta têxtil de Barcelos acaba de lançar o apelo nas redes sociais: "A Pedrosa & Rodrigues está a alargar a rede de Confeções Parceiras e procura fábricas com capacidade para grandes produções, em regime de subcontratação. Pedimos às Confeções interessadas que por favor nos contactem pelo Messenger, sendo que será dada preferência a empresas com corte, confecção e embalagem integrados", diz a empresa espcializada na produção de moda na sua página do Facebook.
.“Surgiu aqui uma necessidade para dar resposta, felizmente estamos a atravessar um pico que está a ser um pouco mais esticado, e que neste momento nos leva à procura de novos parceiros”, explica Miguel Pedrosa Rodrigues, administrador da empresa de Barcelos, citado pelo jornal T, da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.
O pico é já totalmente focado na produção de moda, sendo que há peças com encomendas mais numerosas, para as quais a empresa precisa de parceiros. “Já não tocamos em máscaras ou equipamentos de protecção há meses”, acrescenta.
Com uma equipa fixa de cerca de 100 colaboradores, esta empresa está já habituada a recorrer à subcontratação para responder a picos de produção: “Trabalhamos habitualmente com uma rede de 15 a 25 confeções, mas neste momento, com esta contingência, precisamos de mais parceiros”, explica Miguel Pedrosa Rodrigues.
Em janeiro, o empresário já tinha antecipado ao Expresso problemas na capacidade de resposta a ecomendas, considerando que sectores como a confeção iam ter dificuldades especiais no momento em que a suspensão das atividades letivas obrigava muitos pais a ficar em casa para acompanharem os filhos. Agora, quando o país começa a desconfinar, a Pedrosa & Rodrigues continua a admitir dificuldades na mão de obra, mas pela pessão das encomendas.
O momento vivido na empresa não reflete, no entanto, o quadro geral do setor. De acordo com os dados do INE - Instituto Nacional de Estatística, o ano de 2021 começou com uma quebra de 10% nas exportações de têxteis e vestuário, para os 410 milhões de euros, menos 46 milhões de euros do que o verificado no mês homólogo do ano anterior.
Os dirigentes associativos da fileira, admitem, no entanto, que à medida que o mundo for saindo do desconfinamento, as encomendas poderão voltar, permitindo uma retoma rápida.
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