Os acionistas da EDP vão ser chamados a votar a 14 de abril uma nova composição do Conselho Geral e de Supervisão (CGS), que vai ser uma estrutura mais pequena que a atualmente existente e com vários novos rostos, a começar pelo presidente, que deixa de ser Luís Amado e passa a ser João Talone, que já tinha sido presidente executivo da EDP entre 2003 e 2006.
A nova composição do CGS foi expurgada dos antigos governantes que durante anos ocuparam lugar neste órgão social da EDP. Tal como o Expresso noticiou esta sexta-feira, saem Luís Amado, Eduardo Catroga, Celeste Cardona, Jorge Braga de Macedo e Augusto Mateus.
Saem também Ilídio Pinho, o antigo governador de Macau Vasco Rocha Vieira e ainda Nuno Amado.
Na sua nova composição para o mandato 2021-2023, o conselho geral da EDP conta com cinco mulheres (o atual tinha quatro): permanecem Laurie Fitch e Maria del Carmen Rozado, mas saem Clementina Barroso e Celeste Cardona, entrando Esmeralda Dourado, Sofia Salgado Cerveira Pinto e Sandrine Dixson-Declève.
Esmeralda Dourado, antiga presidente da SAG, é administradora não executiva da TAP. Sofia Salgado é docente na Católica Porto Business School (que dirigiu entre 2013 e 2020). E Sandrine Dixson-Declève é consultora na área da sustentabilidade e alterações climáticas, tendo chegado a assessorar no passado o Príncipe de Gales.
A estes três novos nomes e a João Talone junta-se, como novidade na EDP, o advogado chinês Zili Chao, que não surge como representante da China Three Gorges. Zili Chao atua na banca de investimento e é dono da gestora de fundos chinesa Mountvue Capital Management.
No total, o CGS da EDP vai ter 16 elementos. Desses 16, a lista proposta identifica 10. Os outros seis são lugares a ocupar pelos acionistas China Three Gorges (com cinco assentos no conselho geral) e Oppidum Capital (com um), mas cujos representantes não foram ainda apontados.
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