Tudo começou com "uma pequena aflição nas vendas da bolsa [de Nova Iorque] devido a um requisito técnico do mercado", nas palavras sem sal do porta-voz da casa Morgan, sobre o que viria a ficar na história como 'quinta-feira' negra. Era 24 de outubro de 1929 e a 'pequena aflição' acabou cinco dias depois numa derrocada de 25% do principal índice de Wall Street, o Dow Jones.
A Portugal a onda de choque invade as noticias a partir de 26 de outubro. As manchetes em Lisboa carregam algum dramatismo: "grande crise" e "pânico" são as expressões fortes mais repetidas, conta o investigador José Luís Cardoso numa resenha dos ecos da Grande Depressão entre nós.
Mas a primeira notícia refletindo uma séria preocupação com o impacto em Portugal do que se estava a passar lá longe surge, no ano seguinte, a 10 de maio.
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