A indústria respira de alívio, mas ainda tem preocupações. A fronteira pode atrasar uma viagem em dois dias
No grupo Salvador Caetano, o fumo branco nas negociações entre a União Europeia e o Reino Unido nas negociações do ‘Brexit’ foi recebido como “a melhor das notícias” no fim de um ano difícil. “Foi um alívio saber que não ia haver taxas a penalizar as nossas exportações”, resume Patrícia Vasconcelos, presidente executiva da CaetanoBus, com uma linha de produção de autocarros dedicada ao mercado britânico, onde trabalha com a National Express para fornecer o país de autocarros turísticos e serve os aeroportos com o seu Cobus.
Em média, o grupo vende 100 autocarros por ano para o Reino Unido, razão suficiente para ver no acordo “uma prenda especial neste Natal”, tal como a generalidade das empresas lusas que trabalham com o quarto maior cliente do made in Portugal. É verdade que a burocracia e os trâmites alfandegários adicionais poderão levar o tempo de entrega de uma encomenda a passar de quatro para seis dias e trazer custos adicionais ao transporte, mas a CaetanoBus acredita que “as regras tenderão a flexibilizar-se com o tempo” e confia que na frente exportadora tudo irá correr como noutros países não comunitários com acordos preferenciais com a Europa.
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