Presidente interino da TAP passou a ganhar o dobro com o aval do governo

De acordo com o jornal económico online ECO, Ramiro Sequeira passou a receber o dobro quando subiu ao cargo de presidente executivo da companhia aérea
Ramiro Sequeira, que ocupa o cargo de presidente executivo da TAP de forma interina desde meados de setembro, passou a receber 35 mil euros brutos por mês com a subida à liderança da companhia aérea.
De acordo com o jornal económico online ECO, este montante é quase o dobro do que o gestor ganhava no anterior cargo de gestor operacional (chief operating officer), mas fica abaixo da remuneração do antecessor Antonoaldo Neves. O aumento foi decidido em outubro pela Comissão de Vencimentos da TAP, onde o Estado não está representado, começando a ser pago agora e, diz o ECO, o Governo teve conhecimento do aval às alterações.
Ramiro Sequeira recebia 17 mil euros brutos por mês e o salário passa agora para 35 mil euros brutos, com efeitos retroativos a 17 de setembro, data em que teve efeito a sua nomeação como presidente executivo interino. A atualização salarial de Ramiro Sequeira foi aprovada pela comissão de Vencimentos e, apesar de o Governo não estar representado nesta comissão, foi o próprio Executivo a avançar com este salário quando propôs que o gestor acumulasse as funções de presidente interino com as que já tinha de administrador com a pasta operacional, adianta ainda o ECO.
Também o presidente do conselho de administração da TAP, Miguel Frasquilho, teve um aumento salarial – de 12 mil para 13,5 mil euros brutos por mês. Alexandra Vieira Reis, que já era diretora da TAP e também foi para a comissão executiva, ganhava 14 mil euros mensais e passou a receber 25 mil euros por mês.
A TAP e o Ministério das Infraestruturas e da Habitação não fizeram comentários à notícia, que está a causar estranheza porque o processo de reestruturação da companhia aérea, a negociar com a Comissão Europeia, prevê o despedimento de 1800 pessoas além do corte de 25% na massa salarial.
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