Economia

Sindicatos da banca avisam que não toleram pressões sobre trabalhadores do Montepio

Sindicatos da banca avisam que não toleram pressões sobre trabalhadores do Montepio
José Fernandes

Sindicatos reuniram-se com o presidente do Banco Montepio e vão analisar plano de reestruturação - que vai ocorrer até 2021 e que prevê um plano alargado de reformas antecipadas e de rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo

Sindicatos da banca avisam que não toleram pressões sobre trabalhadores do Montepio

Isabel Vicente

Jornalista

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), o Sindicato Independente da Banca (SIB) e o Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) reuniram-se esta quarta-feira com o presidente da Comissão Executiva do Banco Montepio, Pedro Leitão. Em causa a noticia divulgada pelo ECO relativamente à saída de 800 trabalhadores do banco.

Os sindicatos, em comunicado, afirmam que em causa está um plano de reestruturação que "contempla um plano alargado de reformas antecipadas e de rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo (RMA)" até 2021. Consideram que a situação "é muito preocupante" e dizem que vão analisar "com detalhe o plano apresentado pelo presidente da comissão executiva do Banco Montepio". Deixam ainda um aviso: não irão "tolerar qualquer forma de pressão junto dos trabalhadores para que aceitem reformas antecipadas ou rescisões por mútuo acordo, se essa não for a sua livre vontade".

Os sindicatos referem ainda no comunicado que "manifestam a sua estranheza pelo facto de uma instituição como o Montepio, cujos valores humanistas e solidários são publicamente assumidos, optar por um processo desta natureza, cujos impactos sociais, humanos e materiais juntos dos seus trabalhadores serão forçosamente muito dolorosos".

Face a este assunto afirmam não saber ainda "a posição da Associação Mutualista sobre este plano" e consideram importante saber se "os colaboradores que estão cedidos pelo Banco à Associação Mutualista vão ser abrangidos por este processo".

O SNQTB, SBN e SIB prometem acompanhar "a implementação deste plano, intervindo, sempre que necessário, para salvaguardar os bancários e, oportunamente, irão agendar um conjunto de reuniões por todo o país para prestar esclarecimentos aos trabalhadores sobre o plano de reestruturação e sobre eventuais ações de luta sindical".

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