
Ordem dos Engenheiros e associações de construtores e projetistas pedem celeridade no planeamento das grandes obras públicas financiadas pelos fundos europeus.
Ordem dos Engenheiros e associações de construtores e projetistas pedem celeridade no planeamento das grandes obras públicas financiadas pelos fundos europeus.
Jornalista
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“A engenharia nacional, infelizmente, não está preparada, e há que reconhecê-lo como uma fragilidade nacional”, diz ao Expresso o bastonário da Ordem dos Engenheiros sobre as grandes obras públicas a financiar no próximo ciclo de fundos europeus. Carlos Mineiro Alves recorda como Portugal perdeu a capacidade instalada na construção civil desde a crise de 2009. Das duas dezenas de grandes empresas nacionais restam hoje “duas ou três”. Apesar de existirem exceções, “a nossa escala não tem dimensão para competir com as grandes multinacionais” e “apenas 20% das empreitadas são adjudicadas a empresas nacionais”.
Qual a solução? “Um planeamento credível e conhecido atempadamente permitirá às empresas saberem exatamente com o que vão contar e dimensionarem-se ou fazer parcerias para concorrer às oportunidades”, responde o bastonário dos engenheiros. O problema é que “o próprio Estado se deixou enfraquecer” e não tem hoje capacidade instalada, lamenta Mineiro Aires. “Foram décadas de fatal distração em relação ao papel dos engenheiros no planeamento e condução dos grandes investimentos, secundada pela desqualificação salarial, que induziu ao desinteresse dos jovens nestas áreas, e hoje não existe mão de obra em Portugal”.
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