Empresa de Macau na corrida à Efacec
CESL Asia irá aliar-se à portuguesa Alpac Capital para tentar comprar a fabricante de equipamentos de energia
CESL Asia irá aliar-se à portuguesa Alpac Capital para tentar comprar a fabricante de equipamentos de energia
Editor de Economia
A empresa CESL Asia, de Macau, vai entrar na corrida pela compra da Efacec, integrada num consórcio liderado pela portuguesa Alpac Capital, revelou ao Expresso o diretor-geral da Alpac, Luís Santos, indicando que o agrupamento incluirá ainda vários empresários portugueses, com participações minoritárias.
A Alpac Capital entregou esta sexta-feira ao banco de investimento Haitong, responsável pela condução do processo de venda, a carta de intenção de entrar na reprivatização da Efacec, cujo processo de venda chegou a ser lançado no primeiro semestre, com a participação da Stormharbour, mas voltou à estaca zero.
Segundo Luís Santos, depois de o Haitong recolher as manifestações de interesse de vários candidatos será iniciado o período para apresentação de ofertas não vinculativas, cujo prazo deverá terminar em outubro.
O gestor explicou ao Expresso que o consórcio da Alpac e da CESL Asia (que entra através da sua empresa portuguesa Focus Platform Group) tem “o desígnio de tentar manter a empresa aqui em Portugal”, mantendo o centro de decisão no mercado nacional, mas alargando o leque de mercados de atuação da Efacec.
A entrada da CESL, com negócios na China e no Japão, será uma forma de tentar reforçar os negócios da Efacec no mercado asiático. A CESL, fundada em 1987 e com negócios de desenvolvimento e gestão de infraestruturas, tem 450 trabalhadores e junta na sua estrutura acionista vários sócios portugueses e o empresário e político macaense Dominic Sio.
O consórcio ganhará forma através de um fundo de investimento a constituir em Portugal, regulado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Se queremos dar credibilidade à proposta queremos ser regulados”, notou Luís Santos.
Um dos principais concorrentes do consórcio da Alpac e CESL deverá ser o grupo egípcio Elsewedy, que na primeira tentativa de reprivatização da Efacec apresentou a proposta mais alta, no valor de €130 milhões, como o Expresso noticiou em julho.
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