Nas vendas, fala-se quase sempre de quebra e de mais vinho em stock nas adegas do que é habitual. Na vinha, depois das doenças do míldio e do oídio e dos escaldões, há ainda algum receio de “partidas da meteorologia” nos próximos dias, mas a produção deverá ficar nos 6,3 milhões de hectolitros, menos 3% do que há um ano. É uma média que combina diferentes desempenhos, do Minho ao Algarve, e leva os produtores do Douro, a mais antiga região demarcada do mundo, a assumir desde já que as pipas, este ano, não vão ficar cheias.
De norte a sul do país, os produtores perceberam, também, que o aquecimento global continua a antecipar o trabalho das vindimas e se a duriense Lavradores da Feitoria, no ano passado, começou a apanha da uva de castas brancas a 28 de agosto, este ano poderá arrancar entre os dias 18 e 21, admite ao Expresso Paulo Ruão, enólogo desta empresa que junta um grupo de produtores com 20 quintas e cerca de mil hectares de vinha que produzem 1.500 pipas.
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