Indústria ainda em queda mas recuperação ganha força em junho
O Índice de Volume de Negócios na Indústria recuou 11,7% em junho, em termos homólogos, recuperando de quedas de 30,9% em maio e de 33,5% em abril
O Índice de Volume de Negócios na Indústria recuou 11,7% em junho, em termos homólogos, recuperando de quedas de 30,9% em maio e de 33,5% em abril
Jornalista
A recuperação da indústria em Portugal ganhou força em junho. O sector ainda regista quedas face a um ano antes, mas muito menos expressivas do que aconteceu em maio e abril, sinalizando que o sector poderá estar a deixar para trás os tempos mais difíceis associados a pandemia de covid-19.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta segunda-feira, indicam que o Índice de Volume de Negócios na Indústria caiu 11,7% em junho por comparação com o mesmo mês do ano anterior, em termos nominais.
Apesar de ainda estar a cair, este número representa uma recuperação de 19,2 pontos percentuais face ao mês anterior. É que em maio o volume de negócios na indústria tinha dado um trambolhão de 30,9%, pouco recuperando em relação à queda de 33,5% sofrida em abril, em pleno confinamento.
Desagregando a análise entre mercado interno e mercado externo, o INE indica que ambos "tiveram variações menos negativas que as observadas em maio, sendo mais intensa a melhoria no mercado externo".
Assim, o índice relativo ao mercado nacional diminuiu 9,2% (redução de 23,3% em maio), enquanto o mercado externo caiu 15,1% (-41,3% em maio).
Em termos sectoriais, o INE indica que a Energia registou a diminuição homóloga mais intensa (-19%) em junho, da qual resultou o contributo mais expressivo para a variação do índice total (-4 pontos percentuais).
Já os Bens Intermédios deram o segundo contributo mais negativo (-3,8 p.p.), originado pela diminuição de 11,4% (redução de 26,4% em maio).
Quanto aos Bens de Investimento passaram de uma variação de -41,5% em maio para -14,4% em junho e contribuíram com -2,5 p.p. para a variação do índice total.
Por fim, os Bens de Consumo tiveram uma contribuição de -1,3 p.p., em resultado da diminuição homóloga de 4,6%, o que representa uma recuperação de 22,3 p.p. face a maio.
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