Economia

Siza Vieira garante: "O ponto mais crítico da contração económica ficou para trás"

Siza Vieira garante: "O ponto mais crítico da contração económica ficou para trás"
TIAGO PETINGA

Ministro comenta os números do INE sobre o desemprego, já nos 7%, mas com nota otimista: a retoma "vai ser muito desigual e muito incerta, mas vai acontecer". E coloca na agenda da presidência portuguesa da UE a revisão das linhas gerais da política comercial europeia em nome do "acesso justo" ao mercado

"Apesar de termos tido um crescimento do número de desemprego, em junho já houve mais ofertas de emprego e colocações de trabalhadores", afirmou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, numa primeira reação aos números do INE sobre a evolução do emprego em Portugal.

Em Felgueiras, onde iniciou uma jornada dedicada à indústria do calçado, Pedro Siza Vieira fez questão de deixar uma nota de otimismo a partir do "aumento muito ligeiro" no número de empregos criados em junho. Referiu, também, sinais de uma "tímida recuperação" da atividade económica do país.

Nas declarações aos jornalistas depois de divulgados os dados do Instituto Nacional de Estatística sobre a subida da taxa de desemprego para 7% em junho (+1,1 pontos percentuais), o ministro admitiu, no entanto, que este "é um momento de grande incerteza" e "temos de estar preparados para tudo".

Pouco antes, na tomada de posse da nova direção da APICCAPS, a associação dos industriais do calçado, liderada por Luís Onofre, o ministro da Estado, da Economia e da Transição Digital já tinha sublinhado que as projeções internacionais indicam que "o pior desta violenta contração económica tenha ficado para trás e, agora, vamos assistir a uma retoma".

Sobre esta retoma, disse ainda: "Cai ser mais lenta nalguns sectores, mais rápida noutros. Vai ser muito desigual e muito incerta, mas vai acontecer".

Pedro Siza Vieira anunciou, também, que o Governo português colocou a questão do acesso justo ao mercado no programa do trio de presidências do Conselho da UE, onde Portugal está ao lado da Alemanha e da Eslovénia. O objetivo, explicou, é "proteger" a indústria europeia, fechando o acesso ao mercado interno dos que não cumprem as mesmas regras a nível ambiental, social e laboral.

“Temos defendido que a concorrência e os mercados abertos são importantes, mas que se devem fazer de acordo com regras iguais para todos e que é necessário proteger o acesso ao mercado interno daqueles que não cumprem as mesmas regras”, disse.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate