Exclusivo

Economia

Salgado atribuiu a si próprio €13 milhões “em total desconsideração pela situação patrimonial do GES”

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES
Ricardo Salgado, ex-presidente do BES
Luis Barra

Salgado e dois primos receberam alegados prémios sem ter em conta os efeitos no Grupo Espírito Santo. Além disso, o ex-banqueiro assegurava pagamentos a colaboradores do BES para violarem os seus deveres. Morais Pires e equipa aceitaram e seguiram "propósitos egoístas de enriquecimento patrimonial". São conclusões tiradas pelo Ministério Público na acusação a 18 nomes ligados à queda do grupo

Salgado atribuiu a si próprio €13 milhões “em total desconsideração pela situação patrimonial do GES”

Diogo Cavaleiro

Jornalista

A 22 de dezembro de 2005, o jornal Público fazia manchete com a notícia de que a Polícia Judiciária desmantelara uma rede que tinha criado um esquema complexo de burla informática a um banco. A investigação, a decorrer nos Açores, foi denominada Em Busca dos Euros Perdidos.

Nesse mesmo dia de 2005, o então presidente executivo do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, criou uma sociedade num distante país da América Latina visto como um paraíso fiscal, o Belize. Chamou-se Parwick Investments Limited. Essa sociedade abriu uma conta no banco que o Grupo Espírito Santo tinha no Panamá. E ali foram chegando pagamentos a Salgado que o Ministério Público considera terem lesado o grupo e que constam da acusação deduzida no processo Universo Espírito Santo – os euros perdidos, por conta dos prejuízos causados pelo conjunto de 25 arguidos, estão calculados em 11,8 mil milhões de euros.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate