Economia

Tribunal da Relação condena João Rendeiro a cinco anos de prisão efetiva

Tribunal da Relação condena João Rendeiro a cinco anos de prisão efetiva
Nuno Fox

O antigo presidente do BPP foi condenado pela Relação a pena de prisão efetiva de 5 anos e 8 meses

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu a condenação de João Rendeiro, antigo presidente do BPP, a 5 anos e 8 meses de prisão efetiva. O ex-banqueiro cometeu, segundo a justiça portuguesa, crimes de falsidade informática e falsificação de documento, segundo adianta a SIC Notícias.

Rendeiro não foi o único condenado por esta decisão de segunda instância: o ex-administrador Paulo Guichard foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão efetiva.

Os dois banqueiros tinham sido condenados em primeira instância pela prática destes dois crimes em outubro de 2018, quando o tribunal considerou mesmo que tinha havido ordens para mascarar a contabilidade do BPP, sem que houvesse interiorização de culpa – ainda que, por não haver antecedentes, a condenação tenha sido inferior à pedida pelo Ministério Público. Rendeiro tinha sido condenado a pena de prisão de 5 anos suspensa pelo pagamento de 400 mil euros à associação Crescer. Guichard teria a pena suspensa se pagasse 25 mil euros ao Centro Social dos Anjos. Na altura, o Expresso escreveu um descodificador onde relatava o que estava em causa.

Em causa estão crimes que terão acontecido há mais de uma década. O BPP, destinado à gestão de fortunas, acabou por ser intervencionado, tendo lesado vários investidores. O Estado acabou por ter de executar uma garantia de 450 milhões de euros num financiamento bancário condenado à instituição financeira. O montante ainda não foi totalmente recuperado mas a verdade é que essa recuperação até tem ajudado as contas públicas nos últimos anos.

Ainda não foi possível contactar João Rendeiro, que enfrenta outros processos na justiça por conta da sua presidência no banco privado (decorrentes, entre outros, de contraordenações dos supervisores financeiros).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate