A EDP Renováveis e os seus parceiros no consórcio que está a desenvolver o parque eólico offshore Moray East, na Escócia, concluíram a instalação da primeira de um total de 100 estruturas de suporte para as torres eólicas que serão instaladas.
A estrutura, designada "jacket", é uma base fixa no leito marinho sobre a qual fica instalada a torre eólica, sendo distinta daquela que a EDP Renováveis está a usar no primeiro parque eólico offshore em Portugal, que usa as plataformas flutuantes Windfloat, desenhadas pela empresa Principle Power a pensar em águas mais profundas, onde as estruturas fixas não são possíveis.
A instalação da estrutura, levada a cabo pela empresa DEME Offshore, marca o início da concretização, no mar, de um projeto anunciado há vários anos pela EDP Renováveis e que entretanto passou a ter vários outros investidores no consórcio.
Atualmente a EDP tem 33,3% do consórcio, tal como a Diamond Green Limited (do grupo Mitsubishi), havendo ainda participação da francesa Engie (23,3%) e da China Three Gorges (10%).
O parque Moray East terá 950 megawatts (MW) de capacidade, num total de 100 torres eólicas equipadas com turbinas de 9,5 MW, e é o maior parque eólico offshore da Escócia. Será apoiado por três subestações no mar. Fica localizado a 22 quilómetros da costa escocesa.
O parque deverá ficar operacional em 2022 e produzirá energia suficiente para abastecer 950 mil famílias. O consórcio assegurou uma remuneração de 57,5 libras por megawatt hora (MWh), o equivalente a 64 euros por MWh, que é menos de metade dos parques eólicos offshore já em funcionamento no Reino Unido (com tarifas da ordem das 140 libras por MWh).
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