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Economia

Não houve questionário, mas houve providência cautelar: o dia em que Centeno foi mais castigado que Carlos Costa

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal
Mário Centeno, governador do Banco de Portugal
PEDRO NUNES

Em 2015, o PS questionava a Carlos Costa: sente-se confortável por ser governador com tão pouco apoio político? Em 2020, foi o PSD que fez a pergunta a um Centeno isolado, que conta apenas com o apoio dos socialistas. A qualificação é a garantia da independência, defende o ex-ministro, que, perante questões sobre eventuais escusas em dossiês que esteve envolvido no Governo, deu a entender que não vê razão para as pedir. Há cinco anos, não houve qualquer pergunta sobre escusas a Carlos Costa. E ele acabou por pedi-las

Não houve questionário, mas houve providência cautelar: o dia em que Centeno foi mais castigado que Carlos Costa

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Era véspera de Santo António de 2015, e, perante o governador Carlos Costa, candidato à recondução por mais cinco anos, o Partido Socialista deixou um desejo: que, antes da audição do futuro governador do Banco de Portugal, a acontecer em 2020, fosse feito um questionário escrito prévio à audição, como acontece no Banco de Inglaterra, para que fosse mais fácil perceber as metas e as prioridades do candidato a ocupar a liderança a autoridade bancária.

Cinco anos passados, quase um mês depois da véspera de Santo António de 2020, não houve qualquer questionário prévio ao candidato Mário Centeno. Houve apenas a audição. Não uma audição normal, já que teve muitas nuances e uma delas foi a do poder político dar ao poder judicial um papel sobre quem poderá ocupar o cargo de governador: a Iniciativa Liberal atirou com uma providência cautelar para impedir a nomeação de Centeno antes de ser criado um novo quadro de impedimentos e conflitos de interesse.

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