Economia

Turismo procura lugar ao sol em tempos de pós-emergência

Ricardo Costa (em cima) moderou uma conversa que contou com (de cima para baixo, da esquerda para a direita) Luís de Matos, Carlos Andrade, António Ramalho, Frédéric Frère, Carlos Leal, André Sardet, Nuno Aleixo, Ingrid Koeck, Luís Veiga e Bernardo Trindade
Ricardo Costa (em cima) moderou uma conversa que contou com (de cima para baixo, da esquerda para a direita) Luís de Matos, Carlos Andrade, António Ramalho, Frédéric Frère, Carlos Leal, André Sardet, Nuno Aleixo, Ingrid Koeck, Luís Veiga e Bernardo Trindade

O impacto da covid-19 no sector e as medidas que os responsáveis estão a tomar para que consiga reerguer-se estiveram em discussão na Summit do Turismo do projeto "Os Nossos Campeões", que junta Expresso, SIC Notícias e Novo Banco para dar a conhecer figuras de destaque em diferentes áreas da sociedade. Conheça todos os números e opiniões na próxima edição impressa do Expresso

O impacto foi rápido e súbito e à paragem segue-se agora uma retoma gradual da qual pode depender o futuro de um dos sectores mais importantes da economia portuguesa. O turismo é um dos maiores empregadores nacionais e foi uma das atividades económicas mais afetadas pela pandemia da covid-19.

A quase paralisação da mobilidade obrigou o sector a repensar estratégias e a tomar medidas para aguentar o bom trabalho feito ao longo dos últimos anos. Situações discutidas na Summit do Turismo, realizada nos páginas Facebook do Expresso e da SIC Notícias, e que juntou algumas das principais figuras do turismo, a que se juntaram dois representantes de outra área que muito depende da circulação de pessoas, as artes e espetáculos.

A conferência digital foi moderada pelo diretor de informação da Impresa, Ricardo Costa e contou com Luís de Matos, CEO da Luís de Matos Produções; Carlos Andrade, economista chefe do Novo Banco; António Ramalho, CEO do Novo Banco; Frédéric Frère, CEO da Travelstore; Carlos Leal, diretor-geral da United Investments Portugal; André Sardet, músico; Nuno Aleixo, diretor-geral da Nortravel; Ingrid Koeck, sócia do grupo Torel Boutiques; Luís Veiga, administrador executivo do grupo Natura IMB Hotels; e Bernardo Trindade, administrador do grupo Porto Bay.

Impacto súbito

  • A pandemia originou uma paralisação repentina, que apanhou de supresa todos os operadores e obrigou a improvisar soluções complexas muito rapidamente
  • Turistas deixaram de chegar e os esforços passaram a estar centrados nos que ficaram por opção ou falta dela
  • Receitas caíram a pique e obrigaram muitas empresas e grupos a entrarem em lay-off

Capacidade produtiva

  • A contração da atividade económica levou muitos hotéis e grupos turísticos e culturais a prescindirem de trabalhadores a curto prazo
  • Carlos Andrade avisa que a capacidade produtividade deve ser reposta para que a recuperação não seja prejudicada
  • "É essencial preservar para aproveitar a fase de recuperação em pleno"

Aposta no mercado interno

  • A retoma passará muito pela aposta em turistas portugueses
  • As restrições à circulação internacional e as medidas de preservação de saúde pública colocam entraves à visita de estrangeiros
  • A exceção poderá ser Espanha, que para compensar a diminuição do fluxo turístico poderá fazer parte de um mercado interno 'alargado'

Mostrar cuidado

  • É essencial que as cadeias hoteleiras demonstrem que estão a cumprir todas as normas de saúde
  • Manter uma boa imagem é fundamental não só para o presente mas também para retoma futura quando as restrições internacionais diminuírem
  • A inovação também poderá ser um factor importante, com a necessidade de encontrar alternativas para atrair mais hóspedes

Aviação

  • Os operadores turísticos manifestam preocupação quanto à velocidade de recuperação da aviação
  • As operadoras aéreas vivem um período difícil e procuram garantir condições de viagem que convençam as pessoas a voltarem a andar mais de avião
  • Da retoma da aviação depende a retoma mais alargada do turismo

Apoios culturais

  • A pandemia também representou um grande golpe para a área da cultura
  • Os profissionais do sector defendem um apoio mais compreensivo para fazer face às dificuldades de realizarem espetáculos com a mesma rentabilidade que antes acontecia
  • Novas formas de contacto com o público, como os concertos drive-in, por exemplo, podem ajudar a recuperar.
Relacionados

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate