O presidente executivo da EDP, António Mexia, declarou esta quinta-feira que a convicção da empresa é de que a maior parte dos dados dos clientes estarão protegidos. "A nossa base de clientes funciona numa plataforma que não foi atacada. Poderá haver algumas questões, mas são marginais", afirmou o gestor numa conferência de imprensa no final da assembleia geral de acionistas.
Notando que a empresa trabalha para garantir a privacidade dos clientes, António Mexia afirmou que "ninguém está isento" de ataques informáticos e sublinhou que a EDP "continua a garantir a sua operação com total normalidade".
Mexia realçou que a primeira prioridade após o ataque foi salvaguardar as estruturas críticas da empresa e a segunda preocupação foi a proteção dos dados dos clientes.
"Na área da segurança investimentos recentemente mais de 50 milhões de euros, num contexto de um investimento de 200 milhões de euros em digitalização. Os nossos sistemas detetaram o ataque a tempo de protegermos o essencial", comentou o gestor.
Mexia reiterou que a EDP não recebeu formalmente nenhum pedido de resgate (os "hackers" estão a exigir, na dark web, 1580 bitcoins, o equivalente a 10 milhões de euros). "Desconhecemos qualquer pedido formal de resgate", declarou o presidente executivo da empresa.
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