O crescimento da economia da zona euro vai ser inferior a 1% em 2020 e poderá, no pior cenário, registar, em cadeia, estagnação nos primeiros três meses do ano e contração no segundo trimestre, avançam as novas previsões macroeconómicas do Banco Central Europeu (BCE) divulgadas esta quinta-feira após a reunião de política monetária.
No entanto, mesmo estas previsões já estão desatualizadas face à evolução da pandemia do coronavírus e do seu impacto económico, referiu Christine Lagarde na conferência de imprensa em Frankfurt.
O BCE não mexeu nas projeções para a inflação de 2020 a 2022`que havia avançado em dezembro, mas cortou em três décimas o crescimento da zona euro em 2020 - de 1,1% para 0,8% - e em uma décima o ritmo em 2021 - de 1,4% para 1,3%. O 'culpado' da revisão em baixa é o impacto do coronavírus chinês.
A previsão de 0,8% em 2020 contrasta com a projeção de 1,3% feita pela Comissão Europeia ainda recentemente.
As previsões de inflação mantêm-se em 1,1% em 2020, 1,4% em 2021 e 1,6% em 2022. Ou seja, no espaço de três anos, o BCE continuará a lidar com um quadro de baixa inflação distante do seu objetivo de próximo de 2%.
Nos pressupostos das previsões, o BCE conta com uma taxa da Euribor a 3 meses em -0,4% até 2022. Em dezembro, previa -0,3% até 2022.
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