Economia

Corte dos juros nos EUA não satisfaz bolsas. Investidores esperam mais

Corte dos juros nos EUA não satisfaz bolsas. Investidores esperam mais
JUSTIN LANE/EPA

Os principais índices acionistas norte-americanos estão em queda, apesar do corte supresa das taxas de juros pela Reserva Federal norte-americana. Investidores esperam nova descida dos juros já daqui a duas semanas

Desde 2008, em plena crise financeira, que a Reserva Federal dos Estados Unidos (FED) não procedia a um corte tão pronunciado da sua taxa de juro de referência. Mas, a descida surpresa em 50 pontos base, anunciada esta terça-feira, não foi suficiente para satisfazer os mercados financeiros.

"Os mercados estão já a antecipar um novo corte, de 25 pontos base, para a próxima reunião da FED, agendada para 17 e 18 de março", frisa Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa. Ou seja, "houve uma reação negativa, porque esperam mais".

Até porque a Fed "é entre os principais bancos centrais a nível internacional, um dos que tem mais margem para atuar", lembra Paulo Rosa, constantando que "outros bancos centrais, como o Banco Central Europeu, não têm grande margem, já que a sua taxa de juro de referência já está no zero".

Pelas 17:30 desta terça-feira, os principais índices acionistas norte-americasnos estavam todos no vermelho, com o Dow 30 a perder 1,5%, o S&P 500 a cair 1,2% e o Nasdaq a recuar também cerca de 1,2%. "Valores perto dos mínimos da sessão", nota Paulo Rosa.

Já na Europa, os principais indícies acionistas fecharam com ganhos, mas aliviando dos máximos registados durante a sessão. Em Lisboa, o PSI-20, por exemplo, encerrou a sessão desta terça-feira com um ganho de 1,5%, mas chegou a estar a valorizar 2,5%.

Na vizinha Espanha, o Ibex 35 fechou a ganhar 0,8% e o índice pan europeu Eurostoxx 50 terminou a sessão com um ganho de 1%.

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