Economia

Que cidades queremos ter?

Projetos Expresso. O urbanismo, e o seu impacto no desenvolvimento económico e social, foi o prato forte do X Encontro Fora da Caixa E=MC2, organizado pela CGD com o apoio do Expresso

Que cidades queremos ter?

Tiago Oliveira

Jornalista

As nossas cidades estão em mutação. São como organismos vivos a assumir novas identidades e a adaptar-se a novas realidades, enquanto os seus habitantes lidam com os obstáculos colocados pelas deslocações da rotina diária. Entre a mobilidade e economia, as respostas não são únicas, mas todas pedem vontade política sem esquecer o desempenho económico. "Produtividade é a grande questão", aponta Fernando Alexandre, economista e professor na Universidade do Minho.

Para começar, "cabe-nos a todos participar nesta mudança de paradigma da mobilidade", adiantou o presidente da MUBI (Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta), Rui Igreja, no X Encontro Fora da Caixa E=MC2. O projeto de conferências de proximidade da Caixa Geral de Depósitos, que tem percorrido o país com o apoio do Expresso, escolheu desta feita o Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, para uma edicação dedicada à qualidade de vida nas cidades. "Queremos saber o que se passa à volta da mudança. Saber mais alguma coisa, perceber como nos impacta", aponta o presidente da Comissão Executiva da CGD, Paulo Macedo. E esse impacto mede-se na forma como, por exemplo, a descida no preço dos passes não foi acompanhada por uma subida assinalável da circulação de transportes nas redes públicas.

Paula Teles, presidente do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade, defende que "é preciso que todo o sistema acompanhe" as transformações a ocorrer, enquanto Tiago Braga, presidente da empresa Metro do Porto, admite que é peciso ser "mais proativo". É necessário "voltar a abrir o espaço público às pessoas", avisa Fernando Nunes da Silva, professor catedrático no Instituto Superior Técnico.

Se as medidas de expansão do papel do transporte pública são vistas como o ponto básico para uma cidade sustentável, a arquiteta e professora universitária, Andreia Garcia não deixa passar que "o papel da cultura é fundamental para recuperarmos a cidade". Assim como apostar nas novas tecnologias ao serviço da qualidade de vida e do desenvolvimento empresarial.

"Inovar hoje continua a ser um grande desafio", acredita o administrador do Grupo Quinta do Crasto, Tomás Roquette, ao passo que o CEO do Grupo dreamMedia, Ricardo Bastos, fala do "muito que Portugal tem para fazer" num caminho que pode definir como as nossas cidade vão estar preparadas para os desafios do futuro.

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