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Aperto do cerco a Isabel dos Santos já faz danos colaterais, PwC corta ligação

Aperto do cerco a Isabel dos Santos já faz danos colaterais, PwC corta ligação
Mikhail Metzel/Getty Images

O arresto de bens em Angola está a provocar afastamentos. A PwC vai deixar de trabalhar com empresas controladas pela família de José Eduardo dos Santos

Aperto do cerco a Isabel dos Santos já faz danos colaterais, PwC corta ligação

Anabela Campos

Jornalista

As peças do dominó estão a mexer-se, e Isabel dos Santos, que admitiu esta semana a hipótese de uma “possível” candidatura à presidência de Angola, vai ficando mais isolada. Um dos pilares da estratégia de reestruturação da Sonangol desenhada sob a liderança de Isabel dos Santos na petrolífera, a PricewaterhouseCoopers (PwC), iniciou o processo de afastamento e vai deixar de trabalhar com empresas controladas pela família do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

A questão é séria e delicada e levou mesmo um alto quadro da PwC de Londres a deslocar-se a Lisboa, esta semana, com a missão de tratar do dossiê Isabel dos Santos, soube o Expresso. A PwC tem sido, nos últimos anos, uma das principais auditoras e consultoras das empresas controladas pela primogénita de Eduardo dos Santos — foi consultora e auditora da Sonangol, onde entre 2016 e 2017 teve uma equipa de mais de 50 pessoas, trabalhava também com o Banco de Fomento Angola e chegou a auditar a Unitel; em Portugal, o envolvimento da PwC tem sido grande na Efacec, cuja compra assessorou. Ciente de que o tema Sonangol é um dos principais fios do novelo da investigação aos negócios de Isabel dos Santos em Angola, a PwC deu esta semana o primeiro passo para se afastar de uma batalha que promete pôr a nu uma complexa teia de negócios opacos, operações em offshores e conflitos de interesse. Ao Expresso, a PwC esclarece que avançou com uma investigação interna para escrutinar a sua atuação na relação comercial com as empresas ligadas a Isabel dos Santos.

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