Venda da Media Capital à Cofina dá novo passo na sede do El País a 29 de janeiro
Aprovação em assembleia-geral da Prisa é um dos passos essenciais para a concretização da venda da dona da TVI à detentora do Correio da Manhã
Aprovação em assembleia-geral da Prisa é um dos passos essenciais para a concretização da venda da dona da TVI à detentora do Correio da Manhã
Jornalista
A venda da Media Capital à Cofina vai dar um novo passo a 29 de janeiro. É nesse dia que se vai realizar a assembleia-geral da Prisa, que decidirá a venda de 95% da dona da TVI. Este é uma das etapas que falta para a concretização da operação.
“O conselho de administração da Prisa, realizado a 23 de dezembro de 2019, acordou convocar uma assembleia-geral extraordinária de acionistas, que se celebrará pelas 10.00 do dia 29 de janeiro de 2020, na sede do Diário El País”, assinala o comunicado publicado no site do regulador espanhol do mercado de capitais (CNMV). Se não houver quórum, o encontro passa para o dia seguinte, mas a Prisa, dona daquela publicação espanhola, acredita que conseguirá tomar a decisão na primeira data.
Além da ratificação de um dos administradores, a assembleia-geral da Prisa, que tem em Manuel Mirat o seu presidente executivo, deliberará sobre a “aprovação da alienação da Vertix”, já que é da reunião de acionistas que terá de sair a aprovação da venda de ativos essenciais para a empresa.
A Vertix é a empresa através da qual a Prisa controla 94,7% do capital da Media Capital, e é ela que será adquirida pela Cofina. O preço de compra é de 123 milhões de euros, mas assumindo que a empresa vale 205 milhões de euros. Este novo preço foi revelado esta semana, com uma alteração ao contrato assinado em setembro e que apontava para um preço de aquisição de 171 milhões de euros (com base num valor da empresa de 255 milhões).
Além deste contrato de compra, a Cofina compromete-se a adquirir os mais de 5% que não estão nas mãos da empresa espanhola através de uma oferta pública de aquisição (OPA), no qual gastará até 10,5 milhões.
Além da aprovação em assembleia-geral da Prisa, também alguns credores da empresa têm de aceitar a operação. Na Cofina, há ainda uma assembleia-geral por realizar para aprovar um aumento de capital para financiar a operação, onde entrará o empresário Mário Ferreira.
Acima de tudo, é necessária a aprovação do negócio pela Autoridade da Concorrência - que, numa posição preliminar, já se mostrou favorável.
Segundo a Prisa anunciou esta semana, “as partes estimam que o cumprimento destas condições terá lugar no primeiro trimestre de 2020”.
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