Economia

É oficial: Virgílio Lima é proposto para suceder a Tomás Correia no Montepio

É oficial: Virgílio Lima é proposto para suceder a Tomás Correia no Montepio
Lui­s Barra

O supervisor dos seguros foi já informado: a associação do Montepio quer que Virgílio Lima, atual administrador, passe a assumir o cargo de presidente

É oficial: Virgílio Lima é proposto para suceder a Tomás Correia no Montepio

Diogo Cavaleiro

Jornalista

É oficial: Virgílio Lima é proposto para suceder a Tomás Correia no Montepio

Isabel Vicente

Jornalista

António Tomás Correia já tem um sucessor formal. E é mesmo Virgílio Lima. O nome do até aqui administrador já tinha sido avançado como o novo presidente da associação do Montepio, mas ainda não oficialmente. Agora, o supervisor da mutualista, a Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões (ASF), já foi informado dessa alteração.

“A ASF confirma que o Dr. Virgílio Lima foi proposto para registo enquanto administrador da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). A ASF confirma ainda que foi informada da decisão da AMMG de cooptar o Dr. Virgílio Lima para Presidente da AMMG”, esclarece o supervisor ao Expresso.

António Tomás Correia revelou, em outubro, que iria sair da liderança da associação mutualista a 15 de dezembro. Na reunião do conselho geral em que fez esse anúncio, Tomás Correia informou os conselheiros de que a administração iria propor que Virgílio Lima assumisse a liderança. Ora, a cooptação já é dado adquirido.

Tomás Correia justificou a saída com a indicação de que discordava das alterações impostas pelo renovado Código das Associações Mutualistas (que estava já em vigor quando se candidatou no ano passado). Contudo, essa decisão surgiu depois de o presidente do Montepio, no cargo desde 2008, ter sido informado pela ASF de que o seu nome seria chumbado para continuar naquelas funções.

O jurista, antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos, foi alvo de uma condenação feita pelo Banco de Portugal (ainda que, entretanto, anulada pelo tribunal - mas ainda sujeito a recurso por parte do supervisor) e é alvo de investigações que estão a correr no Ministério Público. Aspetos que levaram a ASF a rejeitar o seu registo enquanto líder da administração da associação Montepio Geral - ainda que nunca o tenha formalmente assumido.

Com este facto, até ao momento, a ASF ainda não autorizou o registo de nenhum dos membros da associação mutualista. A administração é composta também por Virgílio Lima, Carlos Beato, Idália Serrão e Luís Almeida.

Aquilo que aconteceu com Tomás Correia, com as reticências do supervisor a conduzirem à desistência, não é caso único no grupo Montepio. Como noticiado ontem, aconteceu o mesmo com Fernando Dias Nogueira, que estava a candidatar-se a presidente da administração da Lusitania, mas que, devido à condenação individual por parte da Autoridade da Concorrência no âmbito do cartel, encontrou resistência na ASF. No Banco Montepio, também Pedro Gouveia Alves, percebendo que haveria reticências do Banco de Portugal pela sua passagem de administrador não executivo a presidente executivo, deixou cair a candidatura.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

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