Economia

Deco considera "lamentável" que CGD penalize contas mais baratas e baixe preços a clientes com mais rendimentos

Deco considera "lamentável" que CGD penalize contas mais baratas e baixe preços a clientes com mais rendimentos
FERNANDO VELUDO / NFACTOS

Associação de defesa dos consumidores receia que outros bancos sigam a decisão do banco estatal de atualizar os seus preçários de forma que a Deco classifica como "injustificada e desproporcionada"

A associação de defesa dos consumidores Deco critica a decisão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de alterar os seus preços, aumentando os encargos das contas mais baratas, ao mesmo tempo que reduz as comissões das contas de clientes com maior património. "É lamentável esta decisão da Caixa Geral de Depósitos", comentou o economista Nuno Rico, da Deco.

O economista da Deco, afirmou, em declarações à Antena 1, que esta alteração de preços "é injustificada e completamente desproporcionda, porque por um lado temos um aumento de 14% dos custos da conta S, que foi apresentada como uma alternativa com custos mais baixos e depois temos uma descida de 30% para os clientes que têm maior património financeiro".

"Não conseguimos entender esta decisão", declarou o responsável da Deco. Nuno Rico admite que outras entidades financeiras poderão seguir o caminho do banco estatal, o maior do sistema financeiro português. "Quando um aumenta, depois temos um conjunto de outros bancos a seguir", realça o economista.

Em causa está a decisão da CGD de subir o custo mensal da Conta S em 14%, de 2,8 para 3,2 euros mensais. Mas clientes que tenham um património superior a 50 mil euros ou domiciliação de ordenados acima de 2250 euros mensais irão beneficiar de uma descida de 30% no custo da conta, de 7 para 5 euros mensais.

Ao mesmo tempo, a CGD decidiu passar a cobrar uma comissão de 88,4 cêntimos em cada transferência MBWay, a partir de 25 de janeiro.

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