Economia

Pôr 25 litros no depósito pode custar menos €1 na segunda-feira. Mas há uma greve

Pôr 25 litros no depósito pode custar menos €1 na segunda-feira. Mas há uma greve
Pedro Nunes

O petróleo afundou esta semana e isso tem implicações nos preços a pagar para abastecer o depósito na próxima semana. Só que, quem quiser esperar, pode ter dificuldades em encontrar combustível

Pôr 25 litros no depósito pode custar menos €1 na segunda-feira. Mas há uma greve

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Todas as segundas-feiras, o preço dos combustíveis varia para refletir a evolução das cotações dos derivados de petróleo nos mercados internacionais. Na próxima segunda-feira, 12 de agosto, a cotação da gasolina e gasóleo vai resvalar, refletindo o comportamento internacional. Abastecer vai ficar mais barato no início do arranque da greve dos motoristas de matérias perigosas.

Segundo os cálculos feitos pelo Jornal de Negócios, e confirmados pelo Expresso, tanto a gasolina simples como o gasóleo simples poderão baixar entre 3,5 a 4 cêntimos por litro. Será a segunda maior descida do ano.

Tendo em conta esta evolução, e comparando os atuais preços com os preços previstos com base numa quebra de 4 cêntimos, abastecer um depósito com 25 euros pode ficar 1 euro mais barato. Se o abastecimento for de 15 litros (o máximo nos postos estratégicos), o alívio é de 60 cêntimos.

Os preços variam, obviamente, consoante a marca (e as promoções), a localização, pelo que não são generalizados: a queda é apenas uma indicação da tendência na próxima semana. Nas últimas semanas o preço tem subido de forma ligeira.

A tendência dos preços dos combustíveis rodoviários tem por base a evolução dos derivados de petróleo nos mercados internacionais que, por sua vez, dependem do comportamento do petróleo. E o início desta semana foi de desvalorizações para a matéria-prima devido aos receios de guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Além disso, como os produtos são cotados em dólares americanos, a taxa de câmbio entre euro e a divisa americana também influencia o preço a que os combustíveis são comercializados.

Neste caso, a queda em força do preço dos combustíveis rodoviários chega no mesmo dia em que se inicia a greve marcada por dois sindicatos de motoristas de pesados que transportam matérias perigosas, como os combustíveis, e que não tem data para acabar.

Ou seja, a corrida que se está a ver aos postos de abastecimento está a ser feita a preços mais altos do que aqueles que serão praticados a partir da próxima segunda-feira. Só que não é certo que na próxima segunda-feira os postos tenham combustível precisamente devido à paralisação.

Há uma rede estratégica para salvaguardar abastecimentos, que limita a colocação de combustível em todo o país a 15 litros. Mas com a declaração de crise energética do país, também todos os outros postos ficam com um limite máximo de 25 litros.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

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