A SIC concluiu com sucesso a emissão obrigacionista que lançou a meio de junho, através da qual obteve um financiamento de 51 milhões de euros. A procura ultrapassou largamente a oferta, atingindo cerca de 201,9 milhões de euros, o que corresponde a 3,96 vezes o valor final de 51 milhões de euros oferecido na operação (ou 6,73 vezes o montante inicial, que era de 30 milhões de euros).
Os resultados da operação, divulgados esta sexta-feira, mostram que há 10.426 investidores que passaram a ter obrigações da SIC, o que faz desta a maior emissão de dívida de empresas em número de investidores nos últimos seis anos.
Destes 10.426 investidores, houve 8.390 que ficaram com obrigações entre 1500 e 3000 euros, 1.207 ficaram com entre 3030 e 9990 euros, sendo que 799 investiram entre 10.020 e 49.980 euros e 30 fizeram um investimento acima dos 50.010 euros.
A procura bruta atingiu 201.939.210 euros mas houve 110 ordens canceladas, passando a procura válida a ser de 199.769.190 euros. Houve então uma atribuição mínima de 30.602.730 euros a partir da qual de procedeu à atribuição de 20.368.380 euros por rateio e mais 28.890 euros por sorteio.
O empréstimo obrigacionista tem um prazo de três anos – o reembolso ocorrerá a 11 de julho de 2022 e as obrigações são admitidas à negociação na Euronext a 10 de julho.
A SIC ofereceu aos investidores um juro de 4,5%, superior às duas emissões obrigacionistas anunciadas recentemente, uma da Sociedade Anónima Desportiva do Benfica e outra da TAP, onde a taxa bruta oferecida foi de 3,75% e 4,375%, respetivamente.
Inicialmente a SIC, estação televisiva do grupo Impresa, a que pertence o Expresso, tinha fixado o objetivo de obter um empréstimo, através da subscrição de obrigações, no valor de 30 milhões de euros mas face à evolução da procura nos primeiros dias, esse valor foi aumentado para 51 milhões.
A oferta teve início a 17 de junho e decorreu durante 12 dias úteis, encerrando esta quinta-feira. No final do quarto dia de subscrição, o valor do empréstimo passou dos 30 milhões de euros iniciais para 51 milhões.
Sabe-se agora, de acordo com os dados disponibilizados pela Euronext, que logo no primeiro dia da subscrição as ordens de compra de obrigações atingiram os 56 milhões de euros, o que ultrapassou não só o montante inicial de 30 milhões como também o novo montante da oferta de 51 milhões de euros decidido no dia 21 de junho.
Esta oferta pública por subscrição, dirigida ao público em geral, teve como objetivo diversificar as fontes de financiamento e alargar a maturidade média da dívida. E acontece numa altura em que a operadora de televisão lidera as audiências há meses consecutivos e apresenta perspetivas positivas para 2019 e para os próximos anos, como explicou Francisco Pedro Balsemão, presidente executivo do Grupo Impresa.
A operação foi organizada pelo Novo Banco e pela CaixaBI e teve como bancos colocadores o ActivoBank, o Banco Best, o Banco Carregosa, o Banco Finantia, o BiG, o Bankinter, o CaixaBI, a CGD, o Millennium bcp, o Montepio e o Novo Banco.
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