Na investigação da criminalidade económico-financeira, uma das dificuldades é identificar quem são as pessoas que estão por trás das complexas construções de sociedades em cascata ou que se escondem na sombra dos testas de ferro. O jogo do gato e do rato não tem fim, mas, a nível europeu, as autoridades tentam encurtar a sua desvantagem obrigando à identificação de todos os beneficiários efetivos — isto é, as pessoas de carne e osso que comandam os negócios. Por cá, o processo começou em janeiro e, a duas semanas do final do prazo, apenas 10% das entidades abrangidas tinham concluído a tarefa.
De acordo com números facultados ao Expresso pelo Ministério da Justiça, o universo de entidades obrigadas a submeter o formulário no Registo Central do Beneficiário Efetivo (RCBE) ronda as 780 mil. Uma parte substancial — 580 mil — são sociedades civis e comerciais que têm até ao fim do mês de abril para cumprir a obrigação. As restantes 200 mil são fundações, associações ou alguns condomínios que, de acordo com o calendário, têm até ao final de junho para se conformarem com a lei.
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