Economia

Cousteau vem ao país de Magalhães dar pistas para salvar os oceanos

Lisboa vai receber por dois anos consecutivos as cimeiras da nata mundial dos cientistas do Clube de Exploradores de Nova Iorque, em que se discute o futuro rumo que a ciência deve seguir para um planeta melhor. A primeira decorre de 3 a 5 de julho, homenageando os 500 anos da volta ao mundo do navegador português Fernão de Magalhães

A elite mundial de cientistas, investigadores, navegadores ou astronautas do Clube de Exploradores de Nova Iorque (The Explorers Club) vai realizar a sua cimeira anual em Lisboa de 3 a 5 de julho. Entre os mais de 400 participantes, já estão confirmados entre os oradores Fabien Cousteau, explorador marítimo e cineasta (neto de Jacques Cousteau), James Garvin, cientista- chefe da NASA, a arqueóloga Beverly Goodman, Alexander More, cientista e diretor do World Ocean Fórum ou Bertrand Picard, médico e o primeiro homem a voar em balão à volta do mundo sem escalas.

A cimeira Global Exploration Summit (GLEx) que vai decorrer n próximo mês de julho é a primeira das duas que estão já programadas em Lisboa recebendo este evento do clube de Exploradores mundiais, em 2019 e 2020. É também um marco histórico para o The Explorers Club, sendo a primeira vez que o exclusivo clube de Exploradores realiza a sua cimeira anual fora do país onde se localiza a sua sede, os Estados Unidos.

"Portugal é o sítio perfeito para falar de ciência e do futuro"

Homenagear os 500 anos da primeira viagem de navegação à volta do mundo do português Fernão de Magalhães também é um objetivo associado às cimeiras do clube de exploradores que vão decorrer em Lisboa, e onde se irão debater temas desde as alterações climáticas até à investigação associada ao espaço ou ao oceano profundo.

"Portugal é o sítio perfeito para falar de ciência, é um país aberto a trocar ideias livremente. No mundo em que vivemos onde a tolerância e a aceitação do outro é por vezes tão difícil, ver um país com esta atmosfera e de braços abertos a debater a ciência e o futuro faz toda a diferença", enfatizou Richard Wiese, presidente do The Explorers Club, que veio esta terça-feira a Lisboa promover o Global Exploration Summit.

"Estar em Portugal, um país de grandes navegadores e com tanta hospitalidade, vai ser tão inspirador para a troca de ideias, que os exploradores e cientistas vão imediatamente sentir que estão em casa", frisou Ricard Wiese, lembrando que o debate científico a decorrer em Lisboa também de propõe ser marcado por "paixão, e criar um mundo de esperança para toda a gente".

São esperados na cimeira de Lisboa vários membros do The Explorers Club, a mais antiga sociedade de exploradores do mundo, com mais de 100 anos, e de que fazem parte o astronauta Buzz Aldrin, o realizador James Cameron, Jeff Bezos ou Elon Musk.

"Vamos juntar em Portugal e em Lisboa esta grande comunidade de exploradores e cientistas em vários domínios a debater onde deverá caminhar no futuro a investigação científica - e temos aqui um excelente lastro comemorativo para a comemoração dos 500 anos da viagem de Magalhães, um dos grandes marcos da história da humanidade e que representa a primeira visão global do mundo e a capacidade de construir algo coletivo", sublinhou também nesta apresentação José Manuel de Carvalho Marques, chefe da Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário da Viagem de Circum-navegação.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cantunes@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate