Álvaro Santos Pereira: “A cultura de impunidade neste país tem de acabar”

Economia

Álvaro Santos Pereira: “A cultura de impunidade neste país tem de acabar”

Ex-ministro da Economia e atual diretor do departamento de estudos sobre países da OCDE, em entrevista ao Expresso

Três meses depois da apresentação do polémico relatório da OCDE onde se analisa a corrupção em Portugal, Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia do governo de Pedro Passos Coelho e diretor da OCDE, dá uma entrevista ao Expresso onde fala das pressões do Governo, incomparavelmente maiores do que as que sofreu de outros países. Expressões como “impunidade”, “corrupção” e “compadrio” pontuam o seu discurso.

Ainda esta semana dizia no Twitter que, “se o silêncio sobre a corrupção e o compadrio interessa a alguns, a verdade é que este silêncio é um autêntico cancro para a democracia”. Que silêncio é este e quem o promove?
Acho que mais do que estarmos a falar sobre quem o promove, nós todos, jornalistas, políticos, pessoas que trabalham nas organizações internacionais ou se dedicam à causa pública, têm o dever de promover o combate à corrupção. Contra a falta de transparência, de integridade, que existe na vida pública. É preciso lembrar que Portugal foi à bancarrota em grande parte por práticas de corrupção e compadrio entre o Estado e os privados; os problemas que temos nos bancos muito têm a ver com essas políticas. A próprias regras da energia não só existem — e alguns esforçam-se por negá-las — como claramente têm a ver com questões de compadrio e eventualmente corrupção também. Estamos a falar de temas muito importantes para a economia nacional. É preciso não ter medo de falar do combate anticorrupção. Gostaria de perguntar quem é que tem medo de falar sobre corrupção.

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