O BPI registou prejuízos de 102 milhões de euros no primeiro semestre de 2017 devido à contabilização da alteração da posição acionista do BPI no angolano BFA e ao programa de rescisões no banco, disse Pablo Forero, novo presidente-executivo do BPI.
O valor compara com um lucro líquido de 106 milhões de euros em igual período de 2016.
O BPI reduziu a sua posição no BFA de 51% para 48% e deixou de consolidar os resultados do angolano, o que levou ao registo de 212 milhões de euros de impacto no resultado líquido do banco.
Já o programa de rescisões e reformas antecipadas teve um impacto negativo de 77 milhões de euros. No total, 519 trabalhadores saíram do BPI e até 2018 o total, incluindo saídas adicionais, vai chegar a 617 colaboradores. O custo global será de 106 milhões de euros.
Excluindo os resultados não recorrentes, o resultado foi positivo em 188 milhões de euros, com a contribuição do BFA a pesar 50%.
O BPI anunciou que o novo Conselho de Administração do banco, agora presidido por Fernando Ulrich, ex-presidente da comissão executiva, recebeu do Banco Central Europeu o aval em relação a todos os administradores.
A margem financeira desceu ligeiramente de 203 milhoes de euros na primeira metade de 2016 para 200 milhoes de euros igual período deste ano penalizada pelo custo da divida subordinada emitida em março.
O produto bancário recuou de 366 milhoes de euros para 289 milhoes de euros. Ainda assim, para o novo presidente-executivo do BPI foi "um primeiro semestre positivo".
Destacou, na conferência de imprensa para apresentação das contas do banco, o crescimento de 4,7% dia recursos totais de clientes para 34.523 milhoes de euros. Sublinhou o crescimento de 20% dos fundos de investimento. Já os depósitos cresceram 1,6%.
Quanto às imparidades para crédito, recuaram de 35,8 milhoes de euros para 16,6 milhoes de euros. O racio de crédito em risco fixou-se em 3,6% e a cobertura por imparidades em 83%.
O banco fechou o semestre com um rácio de capital CET1 de 10,9%.
O BPI passou a ser controlado em 84,5% pelo Caixabank, tendo sofrido alterações na sua equipa de gestão, após ter o sucesso da oferta publica de aquisição no inicio deste ano.
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